terça-feira, 24 de abril de 2012

em busca de uma grande aventura.

viver é uma aventura tão grande que simplesmente não entendo as pessoas que pulam de para-quedas (e que inclua-se nesse grupo todos os demais esportes radicais).

quer frio na barriga maior do que se apaixonar perdidamente? a adrenalina do primeiro beijo. a dúvida que precede a cantada. a sensação de liberdade de sair sozinha à noite para dançar. sentir a velocidade com que os dias passam por você de uma forma incontrolável sem que seja possível fazer metade das coisas anotadas na sua agenda. a euforia de conseguir o emprego, o cliente ou o aumento pelo qual você tanto batalhou.  a taquicardia de falar em público pela primeira vez. o suor frio de quem acabou de sair de uma entrevista de emprego ou apresentação de um projeto e acha que não se deu bem. os cabelos que ficam em pé quando o grande amor da sua vida parte o seu coração e o futuro-mais-que-perfeito se esborracha no chão.

a vida já é cheia de encantadoras e infinitas pequenas aventuras extras e ordinárias que nos aguardam todos os dias quando levantamos.

se alguma coisa deve estar nas alturas são os nossos sonhos. mas que, de preferência, não se joguem lá do alto, mesmo que seja de para-quedas.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

proust.

enquanto a vida própria continua em pausa, um pouco do que anda parado na cabeceira da cama.

"há poucas coisas às quais os seres humanos se dedicam mais que à infelicidade. tivéssemos sido colocados na terra por um criador maligno para o único propósito de sofrer, teríamos boas razões para nos congratularmos pela nossa resposta entusiástica à tarefa que nos foi dada. sobram razões para o desconsolo: a fragilidade de nossos corpos, a inconstância do amor, a insinceridade da vida social, os compromissos da amizade, os efeitos mortais do hábito. em face de problemas tão persisentes, poderíamos esperar, naturalmente, que nenhum acontecimento fosse aguardado com maior expectatica do que o momento de nossa extição."

e ainda assim, lutamos. eu, por exemplo, nesse exato momento luto para encontrar um outro primeiro parágrafo no livro de alain de botton.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

o começo.

há algum tempo atrás tive uma orientadora que era mãe, e que só aceitou me levar pela mão porque minhas ideias eram um saco de gatos, mas dentro daquele saco tinha um encontro marcado entre a gente numa sessão de cinema, num jantar e na forma de pensar.

de lá pra cá, por mais que eu tente nunca consegui me livrar desse saco de gatos. é uma vontade de ter tudo quando na verdade não se tem nada. escrever sobre tudo que no final das contas não quer dizer nada, porque um generalista sempre sabe menos do que qualquer especialista. no entanto, generalista permaneço. na tentativa de me apaixonar por tudo o que desconheço.

já fui filha, neta, prima, esposa, estudante e turista. me descobri professora, redatora, planejadora, cliente e amiga. pessoa de nascimento, apaixonada por vocação e criativa por opção [hope so]. não sei aonde isso tudo vai me levar, mas espero que alguém venha junto =]