quarta-feira, 27 de julho de 2011

proust.

enquanto a vida própria continua em pausa, um pouco do que anda parado na cabeceira da cama.

"há poucas coisas às quais os seres humanos se dedicam mais que à infelicidade. tivéssemos sido colocados na terra por um criador maligno para o único propósito de sofrer, teríamos boas razões para nos congratularmos pela nossa resposta entusiástica à tarefa que nos foi dada. sobram razões para o desconsolo: a fragilidade de nossos corpos, a inconstância do amor, a insinceridade da vida social, os compromissos da amizade, os efeitos mortais do hábito. em face de problemas tão persisentes, poderíamos esperar, naturalmente, que nenhum acontecimento fosse aguardado com maior expectatica do que o momento de nossa extição."

e ainda assim, lutamos. eu, por exemplo, nesse exato momento luto para encontrar um outro primeiro parágrafo no livro de alain de botton.